Restam apenas alguns dias até um dos maiores eventos do mundo do auto esporte. Nos dias 17 e 18 de junho, pela 85a vez na pista “Sarthe”, ocorrerá a lendária corrida das “24 horas de Le-Maine”. Para percorrer toda a distância, serão disparados logo três carros da equipe Aston Martin Racing.
Muitos experts e até os próprios corredores consideram “Le-Maine” um tipo totalmente diferente de esporte. E eles estão certos. Corridas de 24 horas exigem dos pilotos e dos fabricantes automobilísticos resistência e concentração durante algumas centenas de voltas.
História da corrida
Desde 1923, passaram pela experiência “Le-Maine” algumas gerações dos melhores esportistas do gênero e milhares de corredores do mundo todo, que conduziram competições agressivas apesar do cansaço e das condições climáticas.
É preciso dizer que, no início, os organizadores da maratona de 24 horas se esforçaram para inventar particularidades incomuns, que deveriam atrair uma atenção extra dos amantes do auto esporte à corrida. Assim, nos anos 30 nasceu uma tradição do start, momento no qual, após o sinal verde do semáforo, os corredores precisavam correr dos boxes até seus carros, e depois sentar no volante e dar a partida.
Uma loucura massiva todo ano, assistida com alegria pela plateia, deixava vítimas na linha de partida. Não era raro os pilotos esquecerem de colocar os cintos de segurança e morrerem logo após, numa colisão com as laterais ou com outros participantes.
Sem surpresa, decidiram interromper esta tradição no final dos anos 60. Os organizadores reconheceram que estavam errados após o piloto belga Jacky Ickx decidiu, em protesto, ignorar a corrida geral, e foi tranquilamente caminhando até seu automóvel, apertou os cintos com calma e ganhou a corrida, fazendo bom uso dos vários erros cometidos por seus oponentes.
Assim nasceu em “Le-Maine”, convenhamos, a melhor tradição do mundo do auto esporte – pela primeira vez, em 1967, o vencedor da corrida Dan Henry tomou um banho de champanhe.
A Pista
A Pista “Sarthe” é uma das mais longas do mundo. O círculo tem mais de 13 quilômetros de comprimento. Ela conta com partes estreitas, que tornam as curvas mais difíceis, e também é famosa pelo asfalto desigual – algumas retas são estradas de uso público que são recobertas para que ocorra a corrida.
No final dos anos 80 do século passado, durante a reta mais famosa, os automóveis dos pilotos da “Mulsanne” correram a 400km/h, o que é um recorde absoluto entre todas as séries de corrida, incluindo IndyCar e Formula 1. Porém, como consequência, os organizadores decidiram reconstruir esse trecho e apertar as regras de segurança. Hoje em dia, a velocidade máxima dos carros da Aston Martin Racing da classe LMP2 é 335km/h.
O aspecto mais assutador e ao mesmo tempo mais atrativo das “24 horas de Le-Maine” é a duração da corrida. Durante um dia inteiro, em média, todas as equipes que cruzam a linha de chegada superam uma distância de 4600 (!) quilômetros. É o equivalente a uma viagem de Nova Iorque a Los Angeles ou de Berlim a Abu Dhabi.
A Aston Martin Racing nas corridas de “Le-Maine”
A Equipe Aston Martin Racing começou sua participação nas “24 horas de Le-Maine” praticamente no momento de sua criação. Em sua corrida de estreia na França em 2005, um dos carros da fabricante britânica sob o comando do ex-piloto de Formula 1 Stephane Sarrazin e de David Brabham, assim como do britânico Darren Turner, conseguiu cruzar a linha de chegada na terceira classe do GT1.
No ano de 2006, a Aston Martin se tornou a segunda na classe GT1, e depois de um ano, Brabham, Turner e o sueco Rickard Rydell que se juntou a eles, deram à equipe o primeiro título na maratona de 24 horas.
Em geral, esta corrida se tornou a mais bem-sucedida para a equipe em sua história recente. O carro da Aston Martin Racing não só definiu todos da classe GT1, mas também ocupou o 5º lugar no placar geral de “Le-Maine”. Até hoje, esse resultado é a principal conquista da AMR, que não pôde interferir no trabalho dos carros esportivos dos fabricantes alemães, tradicionalmente dominantes nas corridas.
Na última vez, os pilotos da Aston Martin venceram na classe LMGTE Amateur no ano de 2014 – três anos atrás, a equipagem dinamarquesa do carro #95 conseguiu superar 334 voltas, o que demonstrou o melhor resultado entre os amadores.
O que esperar na AMR neste ano?
É de se notar que todos os pódios da equipe conquistados em Le-Maine a nível profissional estão relacionados com o nome de Darren Turner, que será enviado para a batalha atrás de um volante Aston Martin Racing também na temporada atual. Na segunda-feira, 12 de junho, a equipe chegou à França e promoveu a tradicional apresentação na praça central da cidade de Le-Maine.
Na opinião do experiente britânico, neste ano a AMR tem todas as chances de demonstrar um resultado satisfatório e melhorar os ânimos após um início que não foi dos melhores no começo da temporada na classe FIA World Endurance Championship.
– Para mim “Le Maine” é o principal fim de semana de corridas de toda a temporada – Diz Turner. – Todos os anos eu espero ansiosamente este evento grandioso, e quero muito voltar aqui de novo e dono. Todos os pilotos chegam à França com um único objetivo: vencer. Por isso é que eu e meu parceiro de equipe vamos fazer tudo o que for possível para realizar nosso sonho.
Nesta corrida não é necessário ser rápido em uma volta – é necessário manter uma velocidade constantemente alta, que irá ajudá-lo a ver primeiro a bandeira da chegada. Acredito que nós estamos bem preparados, nós temos um ótimo carro, e eu mal posso esperar o início dos treinos livres na quarta-feira para pegar num volante Aston Martin.
Lembrando que o início da corrida “24 horas de Le-Maine” está planejado para 17 de junho.
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